Brasil tem primeira deflação em 9 meses; alimentação e combustíveis puxam queda

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MARACANAÚ, CE, BRASIL, 26-11-2015: Detalhe de frentista que abastece carro em posto BR em Maracanaú. Aumento no preço dos combustíveis. (Foto: Rodrigo Carvalho/O POVO)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, registrou a primeira deflação em nove meses, desde setembro do ano passado, no auge do período eleitoral.

De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira (11/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país registrou deflação de 0,08% no mês passado. Foi a menor variação para o mês de junho desde 2017, quando o índice teve deflação de 0,23%.

Deflação é a queda generalizada de preços de produtos e serviços, de forma contínua. Esta foi a primeira queda de preços na base mensal em 2023, segundo os dados do IBGE.

Em setembro de 2022, o IPCA teve deflação de 0,29%, impulsionada por cortes de impostos às vésperas do primeiro turno das eleições no Brasil.

O resultado de junho confirma a desaceleração da inflação nos últimos meses. Em maio, o IPCA ficou em 0,23%. Em abril, em 0,61%. Em março, em 0,71%. Em fevereiro, em 0,84%.

No acumulado de 12 meses até junho, a inflação oficial do país foi de 3,16%. Trata-se do menor nível da inflação anual desde outubro de 2020.

O resultado veio em linha com as estimativas dos analistas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, previa deflação de 0,1% em junho e inflação de 3,17% no acumulado de 12 meses.

Veja a variação de todos os grupos pesquisados

Habitação: 0,69%

Despesas pessoais: 0,36%

Vestuário: 0,35%

Saúde e cuidados pessoais: 0,11%

Educação: 0,06%

Comunicação: -0,14%

Transportes: -0,41%

Artigos de residência: -0,42%

Alimentação e bebidas: -0,66% / Metrópoles

 

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