Aluna vai parar na UTI após receber orientação de falso personal em GO

3 Min. de Leitura

Uma academia foi multada em aproximadamente R$ 13 mil após uma aluna parar na UTI por ser pressionada a fazer exercícios físicos, sob orientação de um falso personal trainer. O estabelecimento foi autuado pelo Conselho Regional de Educação Física. De acordo com a Polícia Civil, foram três multas de R$ 4,3 mil.

O caso aconteceu em Inhumas, na região metropolitana da capital goiana. Segundo a corporação, o falso profissional, identificado como Gustavo Borges da Silva, é suspeito de ter pressionado a aluna a fazer exercícios pesados e de forma errada. Ela passou mal e apresentou complicações.

Esforço físico

À polícia, a aluna contou que sentiu fortes dores abdominais após os exercícios. A TV Anhanguera teve acesso ao boletim do hospital onde a aluna recebeu atendimento em Inhumas, e nele consta que ela tinha dor intensa na coxa direita associada a colúria, coloração escura da urina associada a doenças do fígado.

Em razão do quadro de saúde, a aluna foi transferida para Goiânia, onde foi internada em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O quadro dela era de rabdomiólise, quando as fibras musculares são destruídas o que provoca a liberação de substâncias na corrente sanguínea afetando os rins e que pode ter sido causada em razão do grande esforço físico. Segundo a polícia, ela recebeu alta e está em casa.

Investigação

O delegado responsável pela investigação do caso, Miguel Mota, disse que um inquérito pelo delito de lesão corporal grave foi instaurado.

Após a denúncia da aluna, a Polícia Civil fez uma ação de fiscalização com o Conselho Regional de Educação Física e foi até a Academia Espaço Fit, onde foram encontrados dois funcionários sem certificação que se apresentavam como profissionais. Segundo a polícia, no momento da fiscalização eles estavam na academia exercendo ilegalmente a profissão.

À polícia, inicialmente, os dois alegaram que eram estagiários do curso de educação física na academia, mas não apresentaram documentos que comprovassem a formação. A academia também não apresentou contratos de estágio.

Os dois funcionários, que não tiveram os nomes divulgados, assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foram liberados. Um deles responde por exercício ilegal da profissão e lesão corporal grave e a outra apenas por exercício ilegal da profissão /Metrópoles

(Foto reprodução)

Compartilhar Notícia