De acordo com um levantamento da Bites, a pedido do GLOBO, Alckmin ganhou 14,3 mil novos seguidores entre 15 de dezembro, data em que deixou a antiga legenda, e a última quinta-feira. No período de 45 dias anterior à desfiliação, o saldo de novos seguidores havia sido de 1,8 mil.
O crescimento mais recente, sete vezes maior do que período anterior, também entra em contraste com o comportamento de Alckmin nos últimos três anos nas redes. Desde a derrota na eleição presidencial de 2018, Alckmin praticamente não vinha fazendo publicações, tampouco aumentando o número de seguidores. O crescimento do ex-tucano superou o de outros nomes cotados para chapas presidenciais, como os atuais ministros do governo Bolsonaro, Tereza Cristina (DEM), da Agricultura, e Braga Netto, da Defesa; e Marina Silva (Rede), que está sendo sondada por Ciro Gomes (PDT) para ocupar a chapa como vice.
A hipótese de uma chapa com Lula também levou Alckmin a ser alvo de críticas de diferentes segmentos do espectro político, especialmente de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). No total, de acordo com o levantamento, o debate em torno da possível chapa Lula-Alckmin movimentou 241 mil tweets desde o dia 19 de dezembro, a maioria consistindo em ataques por parte de bolsonaristas. Também houve focos de resistência entre opositores do governo.