O projeto econômico e social que o vice-presidente Michel Temer pretende implantar no país, caso assuma o o governo, jamais seria vitorioso numa disputa eleitoral. Isso porque retira direitos alcançados pelos trabalhadores nos últimos anos e reduz investimentos em áreas essenciais como Saúde e Educação.
Reportagem publicada na revista Exame desta terça-feira (26) revela que para escapar de uma alta inevitável de impostos neste primeiro momento, o grupo que apoia o vice-presidente Michel Temer vai insistir na proposta de desvincular benefícios – incluindo os da Previdência – dos reajustes concedidos ao salário mínimo.
Outra proposta é acabar também com as vinculações constitucionais, como gastos obrigatórios com saúde e educação.
A avaliação é de que esse caminho é mais viável do que a elevação de tributos num momento de recessão da economia. Segundo os assessores de Temer, agora é hora de cortar despesas, em vez de aumentar as receitas.
A adoção dessas medidas agrada ao mercado, mas não representa ganhos para os mais pobres.
O vice-presidente sabe que tais medidas não são populares, e que tendem a minguar ainda mais o número daqueles que são favoráveis a um eventual governo seu. Segundo o Ibope, o índice dos que apoiam Temer é de parcos 8%, enquanto nas pesquisas de intenção de voto, ele possui apenas 1%.
Não é a toa que Temer afirmou nesta terça que a possibilidade de antecipação de eleições seria um golpe