O diretor de comunicação do cantor Cristiano Araújo, Rafael Vannucci, informou ao G1 ontem (25) que os advogados que cuidavam da carreira do artista, morto em um acidente de carro na BR-153, irão analisar o vazamento nas redes sociais de fotos e vídeo feitos durante a preparação do corpo para o velório e o sepultamento. Ele explicou que ainda não viu as imagens, mas que já ouviu comentários sobre o caso.
“O escritório do Cristiano Araújo, o CA Produções Artísticas, vai analisar os fatos e zelar pela imagem dele mesmo após a sua morte. Vamos tentar agir da melhor forma possível, mas a decisão de fazer qualquer coisa é da família”, explicou.
Em uma das fotos, o cantor aparece com hematomas no rosto e na outra, ele está com o terno que vestia quando foi sepultado. Já o vídeo, mostra o processo de preparação do corpo.
Ao G1, o médico legista Peterson Freitas Moreira, diretor clínico do Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia, disse que os registros não foram feitos dentro do órgão. Ele, inclusive, disse estar “indignado” com a situação.
“Isso é um absurdo. Ficamos sabendo do vazamento há poucas horas. O vídeo não foi feito aqui. Os dois funcionários que aparecem não trabalham no IML. Além disso, no caso das fotos, não somos nós quem vestimos os corpos”, enfatizou.
O médico explicou ainda que, no caso do sertanejo, foi necessário analisar o corpo, mas nenhum órgão foi retirado. Ele revela que participou da necropsia de Cristiano com mais dois profissionais e que nenhum estava com celulares. Além disso, um policial fazia a segurança da sala.
Segundo Peterson, em alguns casos, é preciso fotografar o corpo como forma de comprovar laudos e documentos. Porém, isso é feito de forma profissional e somente para interesse do IML. “Se um servidor age desta forma, ele tem que responder um processo administrativo, podendo até ser expulso do órgão”, informa.
Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária informou que a Polícia Civil já concluiu que as imagens não foram feitas no IML e aponta que o local onde o vídeo foi feito pode ser a sala de um estabelecimento de preparação de corpos para velório e sepultamento.