Primeiro foi Jarbas Vasconcelos, hoje foi a Luciana Genro quem chamou Eduardo Cunha de psicopata.
Talvez ele seja, talvez não, é arriscado alguém emitir um diagnóstico desse sem ser psicanalista ou submeter a pessoa a um exame específico.
O que é possível dizer é que, seja psicopata ou não, ele está seguindo um roteiro muito bem planejado.
Qualquer pessoa que se arrisca a grandes lances como esses dos quais é acusado desde o início organiza um leque de justificativas para as acusações.
Lembram-se quando foi denunciado por Janot? Sua reação imediata foi: agora sou oposição ao governo. Por que?
Porque Janot é governo e se Cunha está na oposição fica mais fácil convencer os incautos de que se trata de uma cruzada contra ele por ser oposição e não por causa das contas na Suíça ou porque mentiu na CPI.
A regra número 1 é não confessar jamais.
Mentir na cara dura, mas não confessar jamais.
O exemplo clássico é o de Paulo Maluf, praticamente um recordista do Guiness de tanto negar contas na Suíça, embora ao mesmo tempo se negue a viajar para a França, como apreciava tanto em tempos mais tranquilos.
Eles não confessam não por serem psicopatas, mas porque confessar é pior para eles.
Se Maluf ou Cunha confessarem o que acontece? Serão canonizados? Não, serão chamados de idiotas. Além de ladrões, estúpidos.
Além dessa pecha duplamente desagradável, eles terão 100% dos dedos brasileiros apontados contra eles.
Confessar é a prova de ouro contra si próprio.
Enquanto continuam negando tudo as coisas melhoram para eles. Por mais que haja evidências, eles conseguem dividir a opinião pública. Pode não ser meio a meio, pode não ser 30%, mas eles conseguem plantar a dúvida em alguns por cento.
A persistente negativa diante das evidências talvez não tenha nada a ver com ser ou não psicopata, mas com uma estratégia de defesa considerada a melhor de todas.
Eis porque Malufs e Cunhas vão continuar negando tudo.
Até o fim.