Tarcísio enfatizou a narrativa, difundida pela ala mais radical do bolsonarismo, de que o Brasil vive uma ditadura do Judiciário. Para ele, o ato no Rio de Janeiro é um ponto de inflexão na história do Brasil, mais especificamente na luta pela liberdade. E questionou: “Qual é a razão de afastar Jair Bolsonaro das urnas?” Ele mesmo respondeu, de forma direta: para impedi-lo de chegar ao poder.
O governador de São Paulo adere a tese dos bolsonaristas sobre a ditadura do Judiciário e no dia a dia da sua gestão em São Paulo recorre ao mesmo STF como fonte de garantia de direitos. Quando há interesses da sua gestão que esbarram em decisões do Supremo Tribunal Federal, por exemplo, Tarcísio joga dentro das quatro linhas e reconhece a legitimidade dos julgadores — como ocorreu recentemente ao convidar o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, para uma apresentação sobre as câmeras corporais da polícia paulista.
(Foto: Pedro Kirilos/Estadão)