Definitivamente a política brasileira virou um centro de polarização. PT e PSDB, dominaram o cenário político dos últimos anos e deixaram sempre o povo brasileiro no dilema de escolher entre um e outro. Com o avanço da Operação Lava Jato, muitos figurões das duas siglas acabaram imergindo num mar de denuncias de corrupção, onde muitos foram presos. Aqueles que conseguiram sobreviver a tempestade, ainda navegam em busca da luz.
Com o desgaste das duas agremiações, e a cassação da presidente Dilma (PT), criou-se um novo cenário, Lula (PT) e anti-Lula. Uma guerra sem fim de amor e ódio, ou simplesmente uma disputa de duas grandes torcidas que não podem ocupar o mesmo espaço.
Agora temos um novo cenário, quem não é favor de Lula, está deixando de ser anti-Lula para ser Bolsonaro. Nem mesmo o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) com forte exposição na mídia diária tem conseguido furar esse bloqueio.
A polarização interessa ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva , que teoricamente estaria escolhendo o adversário com quem iria competir em 2018, muito embora ainda tenha outro grande adversário pela frente, a Justiça Eleitoral. Por outro lado, Jair Bolssonaro (PSC) vem tomando gosto com a polarização e vai consolidando sua candidatura rumo ao Palácio do Planalto.
Ciro Gomes (PDT) aparece empatado com Alckmin na última pesquisa Datafolha, mesmo sem mandato e sem exposição na mídia. Quando o nome de Lula é retirado da pesquisa, Ciro cresce e iria para um eventual segundo turno com Bolsonaro, exceto quando Marina Silva (Rede) entra no cenário, mesmo assim, ele ainda aparece muito próximo a ela.
Ciro precisa urgentemente se comunicar melhor com a população brasileira, apontar caminhos para o crescimento econômico sem aquelas infinidades de números que a grande maioria não entende, precisa ser mais claro, mais didático. Comunicar-se bem é se fazer entender. Também precisa criar um projeto político ambiental para tentar atrair alguns simpatizantes de Marina Silva e quem sabe com uma maior exposição na mídia chegar ao segundo turno das eleições do ano que vem.
(Reginaldo Silva, Ceará Notícias)