Oposição
O PT, segunda maior bancada com 58 deputados, deu 40 votos a favor das alterações do projeto – somente um contra e uma abstenção. A mudança de postura dos petistas foi decisiva para que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tivesse segurança para levar adiante a votação.
Na discussão do projeto, o partido defendia inicialmente a obstrução – o que significa que não iriam registrar presença para garantir a votação. Mas o PT decidiu apoiar o projeto após firmar um acordo com a base para retirar do texto uma proposta que previa o financiamento ao Plano de Demissão Voluntária (PDV), medida que, avalia a bancada, poderia desestimular os Estados a realizarem esse tipo de programa de corte de servidores públicos.
A proposta contou com o voto de 311 deputados, 54 a mais que o mínimo necessário para que um projeto vá à votação (257 votos). Ou seja, os 40 deputados votantes do PT ampliaram a margem, ainda que apertada, para garantir a apreciação da matéria, em sessão conduzida por Maia, candidato à reeleição e interessado em ajudar, com as mudanças, seu Estado de origem, o Rio de Janeiro. O texto foi aprovado com 296 votos a favor, 12 contra e três abstenções.
O PSDB, terceira maior bancada, com 47 deputados, deu 27 votos a favor do fim das contrapartidas, um contra e ainda uma abstenção. Partidos do Centrão e que têm candidatos à sucessão da Câmara, como o PSD de Rogério Rosso (DF) e o PTB de Jovair Arantes (GO), tiveram baixo comparecimento na votação.
No PSD, só 14 dos 37 deputados compareceram à sessão – todos votaram a favor das mudanças. No PTB, foram apenas quatro dos 18 integrantes da bancada – também todos favoráveis. Rosso e Jovair não participaram dessa votação, por exemplo.