Papa deseja paz neste Natal para vítimas da guerra e do terrorismo

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O papa Francisco desejou paz neste Natal para os que sofrem com as guerras e para aqueles que perderam pessoas amadas para o terrorismo que segundo ele leva “o medo e a morte” para muitas cidades e países. Falando no balcão central da Basílica de São Pedro neste domingo, 25, Francisco citou o sofrimento na guerra da Síria, especialmente durante “as batalhas mais terríveis” em Alepo.

O pontífice pressionou a comunidade internacional a negociar uma solução para a crise síria. Além disso, pediu a israelenses e palestinos que abandonem o ódio e a vingança.

Francisco também lamentou que, na Nigéria, “o terrorismo fundamentalista explore até as crianças”, em referência ao uso de menores como suicidas no país. O papa lamentou os conflitos e tensões na África, no leste ucraniano, em Mianmar, na península coreana, na Colômbia e na Venezuela. Dezenas de milhares de pessoas foram à Praça de São Pedro neste domingo de Natal. A multidão teve que enfrentar longas filas, devido à revista feita por segurança no local.

Papa Francisco critica consumismo e faz apelo por crianças refugiadas

O papa Francisco fez duras críticas ao materialismo e pediu que o mundo tenha compaixão com as crianças abandonadas à própria sorte, em mensagem durante a tradicional Missa do Galo, ontem (24).

Em sua homilia na basílica de São Pedro, no Vaticano, o pontífice disse aos 1,2 bilhões de católicos romanos que o mundo, obcecado com presentes, festas e egocentrismo, precisava de mais humildade.
Para o líder da Igreja Católica, o materialismo tornou as pessoas reféns neste Natal. “Temos que nos libertar”, afirmou.

Na celebração, que teve a presença de mais de dez mil pessoas, além de dezenas de cardeais e bispos, o papa contou que “Jesus nasceu rejeitado por alguns e foi visto por muitos outros com indiferença”.
“Hoje também a mesma indiferença pode existir, quando o Natal se torna uma festa onde os protagonistas somos nós, em vez de Jesus. Quando as luzes do comércio colocam a luz de Deus nas sombras, quando estamos preocupados com presentes, mais indiferentes ficamos com aqueles que são marginalizados”, completou Francisco.

O religioso também lembrou-se de crianças vítimas de guerras: “Deixemo-nos interpelar pelas crianças que, hoje, não estão deitadas em nenhum berço e nem são acariciadas pelo afeto de uma mãe ou um pai (…), mas que estão em algum refúgio subterrâneo para escapar dos bombardeios, sobre as calçadas de uma grande cidade, no fundo de uma barca repleta de migrantes”.

Somente neste ano, mais de 5.000 pessoas morreram ao tentar cruzar o mar Mediterrâneo para chegar à Europa.

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