O Ceará Notícias já anunciou aqui uma crise política e administrativa no governo do prefeito Rafael Pedrosa. Embora os membros da administração neguem sua existência, os últimos acontecimentos políticos traduzem a veracidade das informações.
O secretário de Meio Ambiente, Sebastião Mano, renunciou ao cargo alegando problemas pessoais, que posteriormente foram esclarecidos e traduzidos como falta de apoio e descaso com a pasta de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico por parte do gestor. Um paciente do Sistema Único de Saúde denunciou o descaso de uma ambulância carregando sete passageiros com destino a capital cearense, com ampla repercussão na mídia estadual, divulgado em vários canais de televisão de Fortaleza.
Recentemente viralizou nas redes sociais fotos da estrutura e de equipamentos do Hospital Municipal José Gonçalves Rosa em precárias condições de uso. Fios da rede de eletricidade expostos, estrutura hidráulica danificadas e camas enferrujadas. Filas enormes para marcação de exames de Raio X e moradores reclamando a paternidade de um esgoto a céu aberto, negando a execução da obra por parte da gestão municipal.


O gasto excessivo com diárias, dez vezes mais que Ipueiras e quase o dobro de Crateús, além do pagamento de R$ 3,3 milhões de restos a pagar de governos anteriores, enquanto os servidores brigam na justiça pelo pagamento de salários atrasados relativos a 2008 e 2012. Hoje (05/12), o Sindicato dos Servidores Públicos de Nova Russas se encontram em audiência no fórum local com a gestão para cobrar uma política de valorização e respeito em relação a política salarial do servidor. ” Se existe dinheiro para pagar outras dívidas de gestões anteriores, porque não priorizar o pagamento dos servidores atrasados,” cobra um dos funcionários.

No campo político, o Vice prefeito Junior Mano em nota em sua rede social Facebook, demonstrou com documentos uma série de recursos oriundos de emendas parlamentares conseguidas por ele e que o município não recebe por está inadimplente.
Os bastidores da política local, dão conta de que o prefeito já teria lançado seu candidato a presidência da Câmara, um vereador que era considerado o símbolo do governo passado. Essa decisão estaria quebrando uma série de acordos políticos firmados entre os aliados de primeira ordem e que poderão desencadear numa debandada em massa da administração municipal. Por mais que as velhas raposas políticas do município tentem minimizar os efeitos da baixa, o fato é relevante. Para quem tinha uma base de 13 vereadores, perder o vice prefeito, seis vereadores e três secretários municipais, no mínimo precisa repensar suas atitudes.
Maquiável nos ensina que em política: ” Não se pode chamar de valor assassinar seus cidadãos, trair seus amigos, faltar à palavra dada, ser desapiedado, não ter religião. Essas atitudes podem levar à conquista de um império, mas não à glória.”