Nova Russas já deve entrar em estado de alerta com as primeiras e chuvas. Agentes de endemias devem estar em sintonia com o Hospital Municipal José Gonçalves Rosa, para que considerem casos suspeitos todos aqueles pacientes que chegarem a unidade de saúde em estado febril. O ideal é fazer o bloqueio imediato dessa área e evitar que casos suspeitos venham a ser confirmados.
Como sofremos uma epidemia no ano passado e o vírus ainda continua presente. De acordo com o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, “o mosquito pica alguém, recebe o vírus e passa para outra pessoa. Como cresceu o número de pessoas que têm [o vírus], entendemos que haverá uma ampliação [dos casos]”. explica o ministro preocupado com o agravamento do quadro.
Em Nova Russas, devido a situação vivenciada no ano passado será preciso uma força tarefa para evitar a proliferação da doença. O quadro é preocupante devido a incidência da doenças em pessoas idosas, que já não resistem a dor e podem ser acometidas por um mal ainda maior. Sem falar nos casos que envolvem a Zika, o medo de criar uma geração de crianças deformadas em virtude da falta de saúde preventiva.
é importante que o cidadão também colabore, fazendo sua parte e aliando-se ao Poder Público para que possamos vencer o mosquito.
A doença no Brasil
Os casos de dengue e Zika no Brasil devem se manter estáveis neste ano em relação ao ano passado, enquanto as infecções por chikungunya devem aumentar ainda mais. Este é o cenário previsto por especialistas do Ministério da Saúde para 2017.
Dados da pasta revelam que, em 2016, foram registrados 1,4 milhão de casos de dengue contra 1,6 milhão no ano anterior, além de 211 mil casos prováveis de infecção por Zika (não há comparativo com o ano anterior porque os dados só começaram a ser coletados em outubro de 2015).
Em relação à febre chikungunya, os registros apontam para 263 mil casos em 2016 contra 36 mil no ano anterior – um aumento de cerca de 620%.
A doença
A febre chikungunya é uma doença infecciosa febril que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. O termo significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia, e refere-se à aparência curvada de pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada no Leste da África entre 1952 e 1953.
O Ministério da Saúde definiu que devem ser considerados casos suspeitos todos os pacientes que apresentarem febre de início súbito maior de 38,5ºC, dor articular ou artrite intensa com início agudo e que tenham histórico recente de viagem às áreas nas quais o vírus circula de forma contínua.
Os sintomas podem ter início entre dois e dez dias após a picada, sendo que o prazo pode chegar a 12 dias. O vírus pode afetar pessoas de qualquer idade ou sexo, mas os sinais e sintomas tendem a ser mais intensos em crianças e idosos. Além disso, pessoas com doenças crônicas têm mais chance de desenvolver formas graves da doença.