Na eleição para presidência do Senado Federal teve de tudo que se possa imaginar. Os senadores demonstraram seu descontentamento com a ingerência do Supremo Tribunal Federal (STF) no processo de eleição da Mesa Diretora da Casa, apareceu 82 cédulas de votação com apenas 81 senadores.
Primeiro, houve as desistências de Tasso Jereissati (PSDB), Simone Tebet (MDB), Major Olímpio (PSL) e Álvaro Dias que declinaram de suas candidaturas em favor de David Alcolumbre (DEM).
Ao ser iniciada a primeira votação, alguns senadores defenderam o voto aberto e demonstraram o descontamento com o Senado Federal. Após o término da primeira votação veio a surpresa, apareceu um corpo estranho na votação com uma cédula a mais. A Mesa e os escrutinadores decidiram por uma nova eleição, as cédulas da primeira votação foram trituradas no plenário e em seguida teve início a segunda votação.
O senador Renan Calheiros (MDB) subiu a tribuna do Senado Federal e disse que não iria se submeter a esse processo que desobedece a Constituição Federal e o Senado. “Davi, não é o Davi é o Golias, o PSDB contrariando a decisão do STF abriu o voto, o senador Flávio Bolsonaro (PSL) que não havia aberto o voto na eleição anterior abriu nesta segunda votação. Portanto, retiro minha candidatura.” Delcarou Renan Calheiros.
Após o debate, sobre a desistência do senador Renan Calheiros se a votação deveria prosseguir ou não, o presidente da sessão preparatória, senador José Maranhão (MDB) decidiu continuar com o processo de votação.
Ao final da votação Davi Alcolumbre foi eleito com 42 votos, Espiridião Amim, 13 votos, Angelo Coronel, 8 votos, Reguffe 6 votos, Renan Calheiros, 5 votos e Fernando Collor 3 votos, totalizando 77 votos, quatros senadores deixaram de votar.