O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) postou foto de sua filha com Jair Bolsonaro e provocou a reação de Carlos Bolsonaro (PL), vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-presidente da República.
“No colo do ex mais amado do Brasil”, escreveu Nikolas. Carlos postou um comentário em seguida no qual reclama do pai. “Legal o cara fazer isso com sua filha e com a minha não! De qualquer forma, Parabéns sempre, Grande Nikolas.”
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro veio em seguida e comentou: “Que Deus livre e guarde a nossa Aurora de toda a inveja e maldade”.
Bolsonaro, Michelle e Nikolas estão em Santa Catarina, onde participam da CPAC, conferência conservadora que acontece em Balneário Camboriú.
Nikolas e Michelle são próximos e sentaram lado a lado durante a abertura do evento, que está em sua quinta edição e deve consolidar a aliança do bolsonarismo com movimentos mundiais da direita radical.
O evento no sábado (6) e domingo (7), inspirado em uma conferência que ocorre anualmente nos EUA desde os anos 1970, dará palco a Bolsonaro e ao atual chefe de Estado argentino, Javier Milei.
A expectativa é de uma imagem dos dois juntos e de provocações ao presidente Lula (PT) nos discursos.
O argentino irritou o governo brasileiro ao vir ao país em caráter não oficial, ignorando os protocolos diplomáticos. No domingo, terá uma agenda carregada, com encontros com empresários e o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), antes de falar no evento.
Outras figuras de proa da direita latino-americana e europeia estarão presentes. Do Chile virá José Antônio Kast, que perdeu no segundo turno a eleição presidencial para o esquerdista Gabriel Boric em 2021 e desponta como favorito no pleito do ano que vem.
Declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até 2030 por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral, o ex-presidente já foi indiciado pela PF nos inquérito das joias e no da falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.
Além desses dois casos, Bolsonaro é alvo de outras linhas de investigações, que apuram os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado democrático de Direito, incluindo os ataques de 8 de janeiro de 2023.
Parte dessas apurações está no âmbito do inquérito das milícias digitais relatado por Moraes e instaurado em 2021, que podem em tese resultar na condenação de Bolsonaro em diferentes frentes.
Caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, Bolsonaro poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos./Folha SP
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