Por Reginaldo Silva- Professor, Radialista e Jornalista
O encontro do Republicanos no Ceará que elegeu Chiquinho Feitosa como novo presidente regional da legenda no estado foi bastante prestigiado por lideranças políticas da Terra o Sol.
Na festa Republicana, foi um tucano que jogou luz nas sombras. Rodrigo Felinto Ibarra Epitácio Maia, o ex-presidente da Câmara Federal- Rodrigo Maia, que apontou o caminho da vanguarda do Ceará, nesse campo da reedição da direita moderada.
Maia veio do antigo PFL, depois Democratas, que se fundiu com o PSL, para formar o União Brasil. O mesmo caminho percorrido por Chiquinho Feitosa, daí a justificativa da ligação entre os dois e da presença de Rodrigo Maia no evento.
O ex-presidente da Câmara Federal mais do que ninguém conhece essa base de direita no país. Durante duas décadas, o antigo PFL, ao lado do hoje enfraquecido PSDB, polarizaram com o PT, mas, fracassaram, perderam terreno para o bolsonarismo. O Partido do presidente Lula sobreviveu, mesmo combalido, mas o PFL e o PSDB, perderam terreno, para extrema direita mais radicalizada.
Nas palavras de Maia, com o fim do Democratas que se fundiu com o PSL, para formar o União Brasil e com o enfraquecimento do PSDB, se não fosse o Republicanos esse campo da direita teria ficado órfão.
Maia espera que o Ceará, com Chiquinho Feitosa, no comando do Republicanos possam ocupar a vanguarda desse campo da direita moderada, sem os extremismos, em defesa da paz e não da guerra.
Existe uma grande quantidade de eleitores que realmente estão órfãos e não conseguem aceitar a política do messianismo, que confunde ódio com liberdade e justiça com vingança.
No Ceará, esse campo da direita moderada, que não radicalizou em nome do bolsonarismo está aberto e pode atrair simpatizantes e servir como luz para o restante do país. Chiquinho é homem do diálogo e pode abrir essa porta, que consiga unir no mesmo mundo centro esquerda e centro direita, construindo um caminho longe de radicalismos.
Rodrigo Maia pecou por omissão em determinados momentos no comando da Câmara Federal e paga um alto preço por isso, talvez hoje, tenha uma visão mais ampla e apurada da política brasileira.
Chiquinho Feitosa vai usar seu conhecimento extraído da base do antigo PFL, aliado a moderação de Camilo e ao petismo raiz de Elmano para encontrar um novo campo político que ainda não foi ocupado no Ceará, daí a importância estratégica do Republicanos para atrair dissidentes dos extremismos.
Aguardemos o desenrolar dessa nova versão do PFL da era digital no Ceará.
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