Com extenso currículo na política, Padilha passou pelo Legislativo e pelo Executivo e foi peça fundamental nos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) – quando chefiou a Casa Civil, além de ter atuado como importante articulador político do governo. Ele era advogado, empresário e político. Também foi vice-presidente nacional do MDB e vice-presidente da Fundação Ulysses Guimarães.
Segundo nota da assessoria de imprensa do ex-ministro, o velório ocorrerá nesta quarta-feira, 15, a partir das 10 horas no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, e será aberto ao público. Depois das 17h, o corpo será levado ao Angelus Memorial e Crematório para uma cerimônia restrita aos parentes.
Nascido em Canela (RS), em 1945, Padilha formou-se em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), filiou-se ao MDB em 1966, nos primeiros anos da ditadura militar, e tornou-se prefeito do município de Tramandaí, no litoral norte gaúcho, no ano de 1989 – depois da abertura democrática.
Após completar seu mandato na prefeitura, Padilha migrou para o Congresso, ocupando uma cadeira de deputado federal eleito pelo Rio Grande do Sul ininterruptamente por 16 anos, entre 1995 e 2011, e depois por mais dois anos, entre 2013 e janeiro de 2015. Ainda em 1997, assumiu o Ministério dos Transportes no governo FHC. Manteve-se no cargo até 2001.
O político voltou ao governo federal por mais um ano como ministro da Secretaria de Aviação Civil em 2015, na gestão Dilma. Em 2016, depois do impeachment da petista, assumiu a Casa Civil de Temer. Ele ainda ocupou interinamente o cargo de ministro do Trabalho por um breve período em 2018, acumulando o comando dos dois ministérios.
Reações
Políticos e autoridades se manifestaram na noite desta segunda. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), prestou solidariedade a “família e amigos neste momento de tristeza”. “Recebo com pesar a notícia da morte de Eliseu Padilha, líder habilidoso e dedicado ao Rio Grande do Sul e ao Brasil, que serviu como ministro de três presidentes da República”, escreveu o tucano no Twitter.
O atual presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Alceu Moreira, afirmou que Padilha “sempre se destacou por onde passou”, seja como ministro, deputado ou à frente da instituição. “Meus sinceros sentimentos à família”, escreveu, na mesma rede social.
A morte também foi lamentada pelo presidente do Cidadania, Roberto Freire, e pelo ex-ministro de Minas e Energia do governo Michel Temer Fernando Filho (União Brasil). “Um dos mais articulados políticos do nosso país, Eliseu foi um homem público que sempre lutou e trabalhou em benefício do povo brasileiro”, escreveu o ex-ministro.
MBD
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