//O Javali, o cavalo, o caçador e a família Bolsonaro. Por Reginaldo Silva

O Javali, o cavalo, o caçador e a família Bolsonaro. Por Reginaldo Silva

Compartilhe!

Por Reginaldo Silva: Professor, Radialista e Jornalista

Conta a fábula de Esopo que na disputa entre o cavalo e o Javali, o então cavalo pediu a ajuda de um caçador para se vingar do Javali.O caçador se dispôs a ajudar, desde que o cavalo permitisse que ele colocasse uma peça de ferro entre suas mandíbulas para que pudesse guiá-lo com suas rédeas e, em seguida, colocasse uma sela em suas costas. Acordo firmado, ambos partiram para capturar o javali.

Assim com a ajuda do caçador, o cavalo logo venceu o javali e então disse: agora desça e retire essas coisas da minha boca e das minhas costas. “Não tão rápido, amigo, disse o caçador. Eu o tenho sob minhas rédeas e esporas e por enquanto, prefiro mantê-lo assim.

A fábula de Esopo mostra o quanto a família Bolsonaro se apropriou da extrema direita no país e não vai ser fácil liberar esse cavalo que está selado e sob suas rédeas.

Mesmo depois do escândalo das “Joias das Arábias”, o PL partido do ex-presidente pretende levar a cabo a incursão de Michele Bolsonaro por vários estados brasileiros para manter viva a chama do bolsonarismo raiz. A princípio será excluído somente a região Nordeste, para não correr o risco de ver a imagem da ex-primeira dama hostilizada.

Valdemar da Costa Neto sabe que a família Bolsonaro ainda tem um grande ativo político e seus planos de embarcar no novo governo foram frustrados, agora é partir para o tudo ou nada e o nome de Michele é mais leve de ser trabalhado, além da campanha generalizada pela igualdade de gênero que hoje tem grande apelo popular, portanto, tornando-se um campo fértil e aberto para ser explorado por Michele e pelo PL Mulher.

A extrema direita está viva e desde já se reorganizando, o que leva o Partido dos Trabalhadores a ter uma postura diferente diante dessa reestruturação do bolsonarismo, com duas grandes missões na era Lula 3; manter uma política econômica de redução de danos, já que não existe cenário favorável para evolução a curto prazo e tentar postergar a volta do bolsonarismo.

O primeiro passo da reestruturação bolsonarista passa em especial pela ampliação do número de prefeituras no próximo ano, para ampliar as bases para 2026. Agora cabe a esquerda fazer o dever de casa ou correr o risco de devolver novamente o país a extrema direita.

 

 

 


Compartilhe!

Comente com Facebook