Por Reginaldo Silva- Professor, Radialista e Jornalista

A primeira semana da campanha, ainda sem a propaganda eleitoral no rádio e na televisão manteve uma linha estratégica para as principais candidaturas. Adequação dos discursos, montagem de palanques e alianças, sobretudo, com intensa movimentação na Capital cearense.

Os candidatos se concentraram em Fortaleza. Roberto Cláudio tentando segurar seu capital político conquistado ao longo dos dois mandatos de prefeito. Capitão Wagner tentando ampliar as bases conquistadas ao longo das últimas eleições onde ampliou seus horizontes tanto em Fortaleza, quanto na região Metropolitana. Elmano Freitas, com menos densidade eleitoral neste território, ocupou o espaço em eventos em Fortaleza, enquanto o ex-governador e candidato ao Senado, seu aliado, Camilo Santana avançava com os prefeitos no interior do Estado, todos os dias anunciando novas adesões de gestores de várias siglas partidárias.

Esse foi o tom inicial da campanha para o Governo do Ceará em relação aos três nomes mais bem posicionados nas pesquisas de opinião pública até aqui.

Nesta sexta-feira (26), começa uma nova fase da campanha para candidatos e marqueteiros. Como diria o velho ditado popular: “é aqui que a cobra vai fumar”. E o tom, já foi dado logo na abertura.

Lula apareceu de cara no programa do Elmano, além das imagens dele com Lula e Camilo, andando de mãos dadas, fazendo jus ao lema da campanha, o Ceará três vezes mais forte, essa será a tônica até o fim da campanha. As propostas de continuidade dos governos de Camilo e Izolda acompanharão esse lema com essas imagens, ao longo da propaganda eleitoral.

Capitão Wagner vai insistir na tese da segurança pública, prometendo cuidar pessoalmente do problema. Embora em outros momentos da campanha ele tenha discorrido sobre outros temas, a segurança será seu porto seguro, além de não assumir uma bandeira de candidatura em nível nacional, outro ponto que fica bem definido neste primeiro momento do horário eleitoral gratuito.

Já Roberto Cláudio, está se adaptando a uma nova realidade, nem é continuidade dos dois últimos governos e nem tem cara de oposição. Ele conseguiu encontrar uma palavra que tenta dar sentido a ela, ciclo. Sei que é preciso começar um novo ciclo. Para liderar um novo ciclo, o político precisa ter experiência, independência e honestidade”, defende ele, se agarrando aos dois mandatos de prefeito de Fortaleza para tentar construir esse novo momento na política cearense.

Os programas são curtos, é pouco tempo para mostrar em um único programa tudo aquilo que se tem vontade. Essa semana também é de adaptação e de observação em dois campos de atuação: primeiro um olhar voltado para os movimentos dos adversários e o outro, voltado para às pesquisas eleitorais, que ratificam se essas estratégias adotadas corroboram com os resultados alcançados.

Pois é, e ainda é preciso alargar esse campo de visão, fitar os olhos no segundo turno. Todos querem chegar lá, mas até aqui, não existe nenhuma vaga assegurada, todos estão no páreo.