– Para mim, o Flamengo é viver o melhor que o futebol tem.
Depois da frase de impacto, mostrou mais uma vez o quanto já está familiarizado com o vermelho e preto ao citar os conhecidos exageros e o frenesi constante que caracterizam o Flamengo.
– Acho que o Flamengo te dá oportunidade de, em todas as semanas, ter sentimentos que você não vai sentir em todos os clubes, em todos os lugares e em todos os jogos do mundo. O Flamengo é “tudo muito”. É tudo à flor da pele. Você sente a todo dia. O treino do Flamengo é especial, o jogo do Flamengo é especial. Você colocar a camisa do Flamengo é especial. O Flamengo é viver o melhor que o futebol tem.
Talvez por já ter entendido rapidamente que o modo “Crise na Gávea” pode mudar radicalmente para o “Rumo a Tóquio” – e vice-versa – em poucos dias, David, de 35 anos, faz questão de frear a euforia de analistas e torcida com o bom momento vivido pelo time em Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro.
– O time do ano passado já chegou mais longe do que esse time, então a gente tem que ter pé no chão. Foi vice da Libertadores, vice no Brasileiro e perdeu na semifinal da Copa do Brasil. O time do ano passado já fez mais do que esse time. A gente tem que ter a noção que o futebol depende do resultado. E eu sempre falei que não importa como começa, importa como termina.
– A gente não tinha que se entregar quando, como falavam, estava tudo errado (faz o sinal de entre aspas). Assim como não podemos nos empolgar agora quando falam que temos o melhor time do Brasil, que agora temos dois times e isso ou aquilo. Porque há 60 dias a gente não tinha time nenhum. Há 60 dias ninguém prestava, todo mundo era velho, os inexperientes não prestavam. Acho que o nosso time está tranquilo, não deve entrar empolgação e, sim, continuar trabalhando para conseguirmos os nossos objetivos./ge
Foto: Fred Gomes
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