Por Reginaldo Silva- Professor, Radialista e Jornalista

“Democracia é isso: convivência harmônica e respeitosa”. foi o que escreveu o presidenciável Ciro Gomes PDT, ao encontrar a pré-candidata do MDB Simone Tebet em evento na Bahia.

Bem que essa receita poderia ser seguida pelo próprio PDT cearense. São muitas as conversas de divergências internas envolvendo a sigla no Estado por ocasião da escolha do nome que vai disputar o Palácio da Abolição.

O presidente estadual da legenda, deputado federal André Figueiredo já disse que o Ceará não é diferente de outros estados e que todos os partidos políticos têm problemas para montar as alianças.

André Figueiredo que havia anunciado a divulgação de pesquisa para esta semana que definiria o nome escolhido pela legenda para a disputa do Governo do Estado, disse na imprensa que o resultado não será mais divulgado esta semana por conta do prazo pedido pelo próprio instituto para ser ampliado por conta da tabulação dos dados, esticando ainda mais essa definição.

O impasse na escolha do nome do PDT existe e não é estratégia política. Nenhum partido em sã consciência vai definir uma estratégia que cause divergência interna. O silêncio de Cid Gomes é outra prova. Diante de uma situação inusitada, bem que o PDT poderia seguir a receita de Ciro, inovando o processo e ouvindo deputados, prefeitos e vereadores do partido, num gesto democrático e de respeito aos filiados da legenda, que na verdade são os verdadeiros atores que vão para o campo na hora de pedir o voto, a exemplo do que pregou Ciro ao encontrar Simone Tebet na Bahia.

Os nomes escolhidos pelo PDT sempre foram muito próximos aos membros da Família Ferreira Gomes, às vezes escolhido aos 45 do segundo tempo, como foi o caso do próprio Camilo Santana, quando foi indicado como candidato ao governo do Estado. Já houve uma inovação na escolha do nome de Sarto para prefeitura de Fortaleza. Neste ano os encontros regionais da legenda se quer foram concluídos, portanto, nem todas as regiões foram contempladas na caravana pedetista.

Toda ação que leve a unidade nessa eleição será bem vinda, em todas as siglas, dada a complexidade da montagem dos palanques regionais, onde os interesses estaduais se entrelaçam com os nacionais e formam uma verdadeira zorra eleitoral na escolha de candidatos e palanques nos diferentes estados da federação.

“Democracia é isso: convivência harmônica e respeitosa”, a receita foi dada, basta colocar em prática.