O cronograma de vacinação estipulado pelo Ministério da Saúde é uma medida primordial na erradicação de várias doenças. Por exemplo, assim como a pandemia vivida na atualidade pelo Sars-Cov-2, outras doenças infectocontagiosas também foram enfrentadas anteriormente e controladas pela ciência, por meio de vacinas eficazes em sua contenção e extinção.

A vacina BCG (Bacilo de Calmette e Guérin) ao ser aplicada no público infantil reduz significativamente a mortalidade infantil, protegendo-as contra tuberculose, doença contagiosa que atinge, principalmente, os pulmões.

A recomendação é de seja aplicada o mais rápido possível, e, de preferência, nas primeiras 12 horas de nascimento do bebê. Vale enfatizar que a vacina BCG faz parte do calendário básico de vacinação, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

“Quanto mais cedo for iniciada a vacinação na infância, menor será a chance de adoecimento em crianças pequenas, uma vez que estas são as mais suscetíveis. A vacina também é eficaz na proteção da tuberculose nas suas formas mais graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar”, ressalta a orientadora da célula de Imunização da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Kelvia Maria Oliveira Borges.

A proteção, em dose única, pode ser administrada em crianças de até quatro anos, 11 meses e 29 dias. O imunizante é também indicado para contatos intradomiciliares de pacientes com hanseníase.

Os imunizantes, além de sua proteção individual, diminuem a circulação de doenças e incidências na comunidade, sendo, para as crianças, fundamentais na produção de anticorpos contra bactérias transmissoras de doenças graves.

Em Fortaleza, a vacina BCG é ofertada em todos os 116 postos de saúde espalhado pela cidade.

Cobertura vacinal na pandemia

De acordo com o Ministério da Saúde houve redução entre os anos de 2018 a 2020 na cobertura vacinal da BCG. A orientadora da célula de Imunização da Secretaria da Saúde do Ceará alertou que no início da pandemia da Covid-19 em 2020, ocorreu baixa adesão à vacinação e quanto mais pessoas deixarem de se vacinar, maior probabilidade na circulação de vírus./ cmfor

Foto: Érika Fonseca