//Nota da CPI da Covid sobre pronunciamento de Bolsonaro diz que “O Brasil esperava esse tom em 24 de março de 2020”

Nota da CPI da Covid sobre pronunciamento de Bolsonaro diz que “O Brasil esperava esse tom em 24 de março de 2020”

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Após o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro em rede nacional de rádio e televisão, o comando da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia soltou nota oficial na noite desta quarta-feira (02/06). A nota lamenta o atraso na fala do presidente em defesa de vacinas e da inércia da gestão no combate a pandemia que já levou 470 mil mortos.

Bolsonaro rede nacional de rádio e televisão disse que todos os brasileiros que desejarem serão vacinados até o fim do ano contra a covid-19. Para vários integrantes da CPI, o anúncio veio com “atraso fatal e doloroso”.

Veja a íntegra da nota:

NOTA PÚBLICA

“A inflexão do Presidente da República celebrando vacinas contra a Covid-19 vem com um atraso fatal e doloroso. O Brasil esperava esse tom em 24 de março de 2020, quando inaugurou-se o negacionismo minimizando a doença, qualificando-a de ‘gripezinha’. Um atraso de 432 dias e a morte de quase 470 mil brasileiros, desumano e indefensável.

A fala deveria ser materializada na aceitação das vacinas do Butantan e da Pfizer no meio do ano passado, quando o governo deixou de comprar 130 milhões de doses, suficientes para metade da população brasileira. Optou-se por desqualificar vacinas, sabotar a ciência, estimular aglomerações, conspirar contra o isolamento e prescrever medicamentos ineficazes para a Covid-19.

A reação é consequência do trabalho desta CPI e da pressão da sociedade brasileira que ocupou as ruas contra o obscurantismo. Embora sinalize com recuo no negacionismo, esse reposicionamento vem tarde demais. A CPI volta a lamentar a perda de tantas vidas e dores que poderiam ter sido evitadas.

Omar Aziz- Presidente CPI
Randolfe Rodrigues – Vice Presidente CPI
Renan Calheiros – Relator

Em apoio
membros efetivos:

Tasso Jereissati
Otto Alencar
Humberto Costa
Eduardo Braga

Suplentes:

Alessandro Vieira
Rogério Carvalho”

(com informações Agência Senado)


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