Em minoria na comissão, com apenas 4 representantes dos 11 indicados, o Palácio do Planalto falhou em articular indicações e estratégias que pudessem favorecê-lo no colegiado e por isso adotou estratégias para tentar barrar como relator a indicação de Renan Calheiros (MDB-AL), considerado um senador de oposição.
Na noite desta segunda (26/04), um dia antes da data marcada para a primeira sessão, a Justiça Federal do Distrito Federal concedeu uma decisão liminar (provisória) para impedir que Renan seja nomeado relator.
O argumento é o de que Renan, por ter um filho governador (Renan Filho, de Alagoas), não poderia assumir a relatoria, que conduz as investigações de uma CPI que irá apurar ações e omissões do governo federal na pandemia, além de repasses federais a estados e municípios.
De acordo com a coluna, Painel da Folha, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), não vai cumprir a decisão, “Trata-se de questão interna corporis do Parlamento, que não admite interferência de um juiz”, afirmou.
Já o senador Renan Calheiros disse que a decisão é anômala por impedi-lo de ser eleito para um cargo que, na verdade, se dá por indicação do presidente da comissão. A regra está prevista no inciso 3 do artigo 89 do Senado. Renen deve ser indicado nesta terça-feira como relator, de acordo com interlocutores mais próximos dos membros da CPI.
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