“A gente devia pedir a ele (Lula) que se compenetrasse e não imitasse o exemplo desastrado do (Nicolás) Maduro na Venezuela ou do Evo Morales na Bolívia. E olhasse o que a Cristina Kirchner fez na Argentina em que, tendo uma força grande, deu um passo atrás e ajudou a Argentina a se reconciliar”, disse Ciro.
A fala de Ciro, pedindo que Lula dê um “passo atrás” na caminhada rumo a mais uma candidatura presidencial revelou o que os grupos de esquerda que não defendem Lula debatem internamente: O clima antipetista que levou Bolsonaro a presidência em 2018 pode se repetir?
A fala do pedetista foi feita durante um webinar organizado pela Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) sobre a proposta de reforma administrativa em discussão no Congresso Nacional.
Ciro também fez um exercício de futurologia:
“Imaginem vocês uma campanha em 2022, o Bolsonaro querendo se recuperar da impopularidade, a lembrar da esculhambação do Palocci, a esculhambação do Zé Dirceu, a esculhambação não sei de quem. Eu não digo nem que seja verdade ou que seja mentira, eu estou dizendo é o que eu estou vendo pela minha experiência. É fazer de novo a campanha antipetista em cima dos exemplos”, enfatizou Ciro no evento.
Ciro disse ainda que, “além de derrotar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas urnas, outra tarefa “mais difícil e que pede muita reconciliação de todos nós é botar uma coisa nova no lugar, nesse ambiente de terra arrasada que nós estamos”.
Segundo ele, “a direita brasileira vai largar o Bolsonaro ao mar e vai tentar se reciclar aí com uma carinha qualquer, vão fazer a propaganda igual. E isso o Brasil não aguenta mais”, disse o pedetista
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