Na semana passada, o grupo político de Maia já reunia seis partidos (PSL, MDB, PSDB, DEM, Cidadania e PV), que somam 159 deputados.
Nesta sexta, PT, PSB, PDT, PC do B e Rede se uniram ao bloco, que passa a ter mais de 280 deputados.
O PSOL ainda negocia aderir ao grupo. Caso isso aconteça, o bloco de Maia passa a ter cerca de 290 parlamentares. A sigla mantém a intenção de lançar candidato próprio. Em caso de segundo turno, no entanto, deve apoiar Maia contra o deputado Arthur Lira (PP-AL), nome apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.
O anúncio foi feito por Maia ao lado dos principais postulantes a candidato do bloco: Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Baleia Rossi (MDB-SP).
Apesar de ter aderido ao bloco, o PT pretende apresentar a Maia um nome que possa disputar a candidatura com os outros dois parlamentares.
Ao apresentar seu grupo, o presidente da Câmara leu carta com críticas ao autoritarismo e em defesa da independência da Casa.
“Porque enquanto alguns buscam corroer e lutam para fechar nossas instituições, nós aqui lutamos para valorizá-las”, afirmou. “Enquanto uns cultivam o sonho torpe do autoritarismo, nós fazemos a vigília da liberdade. Enquanto uns se encontram nas trevas, nós celebramos a luz.”
No documento, os partidos reconhecem as diferenças entre si. “Porque, diferente daqueles que não suportam viver no marco das leis e das instituições e que não suportam o contraditório, nós nos fortalecemos nas divergências, no respeito, na civilidade e nas regras do jogo democrático.”
Os partidos do bloco do democrata afirmam que a eleição de 1º de fevereiro não é entre candidatos. “Esta é a eleição entre ser livre ou subserviente. Ser fiel à democracia ou ser aliado do autoritarismo. Ser parceiro da ciência ou ser conivente com o negacionismo. Ser fiel aos fatos ou ser devoto de fake news”, indica o documento.
“A Câmara vai escolher se será companheira de um projeto de poder que menospreza as instituições e que por inúmeras vezes sugeriu o fechamento desta Casa, ou se será livre para defender e aprofundar a nossa democracia, preservando nosso compromisso com o desenvolvimento do país.”
Ao final do evento, Maia falou que a definição do nome sai na semana que vem. “A eleição está começando hoje”, afirmou. “Não é uma questão de nome, como eu disse no documento. É uma questão do que nós queremos para o país, e tenho certeza de que esses partidos estarão nisso.”
(Fonte: Folha de São Paulo)
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