Governo do Ceará deve fechar, ainda no primeiro trimestre de 2018, uma proposta para permitir a entrada de capital privado no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), formado pelo Porto do Pecém e uma zona industrial, onde já estão instaladas a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), a Termelétrica do Pecém e Zona de Processamento de Exportação (ZPE). Além do CIPP, outros nove ativos do estado devem passar para a iniciativa privada por meio de Parcerias Público-Privadas (PPP), concessões e venda de ativos.
“O Porto é o maior ativo do Ceará e que já opera com recursos próprios. Fechou o ano com movimentação de cargas 41% maior na comparação com o mesmo período do ano anterior, o que resultou no faturamento bruto da ordem de R$ 144 milhões, um crescimento 62,2% superior ao de 2016”, explica o titular da Secretaria de Panejamento e Gestão (Seplag), Francisco Maia Júnior.
O desempenho do Porto foi fator preponderante para a sua inclusão na lista de ativos prioritários. Segundo Maia Júnior, foi realizada uma avaliação criteriosa, com a participação de uma consultoria internacional, que identificou quais ativos que seriam priorizados em função de suas condições estratégicas, complexidades, especificidades ou volume de investimentos.
Além do CIPP, compõem a lista de concessões:
Arena Castelão, estádio que recebeu jogos da Copa do Mundo 2014, é administrado por empresa privada (Foto: Juscelino Filho/Globoesporte.com)
Os Centros de Eventos (Centro de Eventos do Ceará e de Convenções do Cariri)
Centro de Formação Olímpica (CFO)
Arena Castelão
Acquario Ceará
Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa), de Maracanaú, Tianguá e Região do Cariri
Placas Solares
Cinturão Digital do Ceará
Sistema Metroviário e terrenos (imóveis)
As regras que permitem a concessão dos ativos foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Ceará no fim de 2016.
A decisão de o Governo do Ceará de “transferir” esses ativos para a iniciativa privada foi o caminho encontrado para impulsionar a economia diante da situação fiscal por que atravessa o país, gerar receitas e desafogar os cofres públicos da conta de custeio.
“Com a crise e a escassez das transferências voluntárias por parte da União, a situação na maior parte dos estados e municípios tende a se agravar, e o Ceará – apesar do equilíbrio fiscal, não está isento dos problemas advindos das escassez de repasses da União. O que estamos fazendo é buscar alternativas, criando um ambiente propício para o setor privado investir e desonerar o estado para investimentos em políticas públicas”, ressalta Maia Júnior.
Acquario
Obras do Acquario Oceânico do Ceará, na Praia de Iracema (Foto: Governo do Ceará/Divulgação)
Com as obras paradas desde 2016, a decisão de transferir o Acquario do Ceará também tem a ver com a falta de recursos para finalizar a obra. Localizado na Praia de Iracema, região turística de Fortaleza, o equipamento teve as obras iniciadas em 2012, com a previsão de um custo de US$ 150 milhões e prazo para conclusão em 2018./G1
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