Pré-candidato do PSDB à Presidência, o governador Geraldo Alckmin (SP) confirmou nesta terça-feira, 28, que os tucanos vão desembarcar do governo quando ele assumir o comando do partido, o que deve ocorrer na convenção do próximo dia 9. O tom das declarações de Alckmin incomodou o Palácio do Planalto e levou o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), a cobrar respaldo na transição até 2018. O presidente Michel Temer vai conversar com o governador, no próximo sábado, 2, em Limeira (SP), para acertar quando será a saída do PSDB.
O desconforto no Planalto foi provocado principalmente pelo fato de Alckmin dizer que, se dependesse dele, a sigla nem teria se aliado a Temer. “Eu sempre fui contra participar do governo. Acho que não tinha razão para o PSDB participar, indicar ministro”, afirmou o governador, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
Alckmin lembrou que o tucano Bruno Araújo já deixou o Ministério das Cidades, disse que “outros terão de sair pelo prazo de desincompatibilização” e pregou uma “política diferente” de agora em diante. “Mas votaremos medidas de interesse do País, independentemente de termos cargos, ministérios ou participar do governo”, destacou.
(Estadão)
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