//75 dias após tragédia em Mariana, governo cobra planos de emergência

75 dias após tragédia em Mariana, governo cobra planos de emergência

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Ministério determinou que as empresas operadoras de barragens apresentem em 15 dias o comprovante de entrega do Plano de Ação

A mineradoras de todo o País terão 15 dias para comprovar que entregaram cópias físicas do Paebm (Plano de Ação de Emergência de Barragem de Mineração) para as prefeituras e Defesas Civis municipais e estaduais.

 

A determinação é do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), ligado ao do Ministério de Minas e Energia, que regulamenta o setor, e foi publicada no “Diário Oficial” de ontem, 75 dias após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), que deixou 17 mortos e dois desaparecidos.

 

O órgão poderá interditar as barragens (impedir a disposição de rejeitos e o acúmulo de água) das mineradoras que descumprirem o prazo, além de impor sanções administrativas. A portaria nº 526 de 2013 do DNPM, que define o conteúdo dos planos de emergência, exige a entrega de cópias físicas dos estudos.

 

O último Relatório de Segurança de Barragens, de 2014, estudo anual feito pela ANA (Agência Nacional de Águas), diz que apenas 165 barragens (o equivalente a 15%) possuem o Plano de Ação de Emergência, entre 1.129 das consideradas de risco, que exigem o documento. O plano de emergência da barragem de Fundão, que se rompeu deixando 17 mortos e dois desaparecidos, não previa uma estratégia para alertar diretamente os moradores de Bento Rodrigues.

 

O documento dizia que “a responsabilidade por avisar e remover as pessoas em risco iminente é da Defesa Civil”. Isso contraria portaria de 2013 do DNPM, que diz que “cabe ao empreendedor alertar a população potencialmente afetada” na “região abaixo da barragem onde não há tempo para intervenção das autoridades”.

 

Na última terça, 12, a empresa entregou um estudo de simulação de rompimento das barragens de Germano e Santarém, conforme a Justiça havia determinado, ainda que com um dia de atraso. O estudo, porém, foi considerado incompleto pelo Ministério Público por não especificar que medidas adotaria em caso de novo rompimento – a própria mineradora admitiu o fato.

 

Fiscalização

O governo federal vai fiscalizar in loco, uma a uma, as 220 barragens de rejeitos das mineradoras. O trabalho, que se inicia 75 dias após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), deverá ser feito até o final de abril. A reportagem apurou que, segundo o governo, algumas mineradoras não estão seguindo os planos de ação de emergência e nem as normas de segurança exigidas. (da agência Folhapress)

 


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