O caso ficou conhecido pela frase “Tem que manter isso, viu?”, captada em diálogo entre o então presidente e o empresário Joesley Batista.
Os procuradores argumentam que, ao contrário do que foi dito na sentença, o crime ficou comprovado por várias evidências que vão além da gravação, como diversos testemunhos e ação controlada.
Segundo o MPF, deixar de processar Michel Temer por esse ato é reconhecer que o Estado considera irrelevante as condutas praticadas. “Seria um claro e indesejado incentivo à sua ocorrência”, dizem os procuradores.
Quanto ao entendimento do juízo de que o MPF desconsiderou “interrupções e ruídos, consignando termos diversos na conversa, dando interpretação própria à fala dos interlocutores”, os procuradores destacam a existência de duas transcrições oficiais referentes ao diálogo – uma feita pela PF e outra pelo MPF. Explicam ainda que eventuais divergências nos relatórios referem-se apenas à metodologia utilizada e não ao conteúdo especificamente falado.