Dia da Consciência Negra é oportunidade de reflexão, diz ativista

2 Min. de Leitura
Ativistas, grupos culturais e religiosos comemoram hoje (20) o Dia da Consciência Negra com várias atividades em frente à estátua de Zumbi dos Palmares, no centro do Rio de Janeiro.

O Dia da Consciência Negra foi celebrado hoje (20/11) na cidade do Rio de Janeiro com uma roda de capoeira e a lavagem da estátua de Zumbi dos Palmares, no centro da cidade. A data é feriado nos estados do Rio de Janeiro, Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Roraima, além de vários municípios brasileiros, como a cidade de São Paulo.

Apesar disso, a data, que marca a morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares e símbolo da resistência contra a escravidão, não é feriado nacional.

“Zumbi é um herói nacional e o único da história do Brasil que foi construído de baixo para cima, pelo povo, pela comunidade negra. Ele não é herói dos negros, pura e simplesmente, como se quer caracterizar, mas um herói da pátria. Ele está inscrito no Panteão da República e ainda não tem a reverência que deveria ter do Estado brasileiro”, disse o babalaô Ivanir dos Santos, da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR).

Para o presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Negro (Cedine), Luiz Eduardo Negrogun, o dia é uma forma de celebrar a memória, a cultura e a ancestralidade dos negros.

“No momento que atravessamos hoje, quando o racismo está tão forte assim como a intolerância e violência religiosas, quanto enaltecemos esse legado, nós estamos dando uma opção para que as pessoas reflitam. Foi a unidade que fez esse país e é a unidade que vai nos manter”, disse Negrogun.

No Rio de Janeiro, foi promulgada ontem (19/11), no Diário oficial do Estado do Rio de Janeiro, a Lei Estadual 8623/2019, dos deputados André Ceciliano e Waldeck Carneiro (PT), que reconhece o marinheiro João Cândido Felisberto, conhecido como Almirante Negro, como herói do Rio de Janeiro.

João Cândido foi líder da Revolta da Chibata, um motim de marinheiros ocorrido em 1910, contra o uso de chibatadas por oficiais como punição para militares subalternos./AB

Compartilhar Notícia